Dia do Gordo e o padrão de beleza de Marilyn a Norma

No inicio do mês de setembro, tivemos o Dia do Gordo.
Engraçado que fiquei pensando sobre o assunto. Sobre padrões de beleza e tudo mais.
Eu me sinto um pouco dividida entre querer me sentir bem como sou ou ser magérrima como as vezes gostaria de ser. Aí me vem a pergunta: mas o que é ser gordo afinal de contas?
O padrão nos tempos de Marilyn Monroe e Norma Bengell(que em 1962 protagonizou o primeiro nu frontal do Brasil), era um tanto diferente.

Marilyn e seu corpo lindo, mas nada 'seco'

E ninguém jamais dirá que elas não eram lindas. Ambas eram e até hoje são, símbolos sexuais.
Cintas, espartilhos e corselets mantinham as coisas no lugar quando a roupa pedia, mas os homens sabiam que mulher de verdade tinha que ter curvas. Mignon não deveria ser sinônimo de magra, pequena. Mas sim de gostosa, sem exageros.

Norma se tornou simbolo sexual após a cena em  1962

E hoje em dia, onde a tecnologia é cada dia mais capaz de nos manter 'espartilhadas' quando necessário, com muito menos sofrimento do que era necessário 40, 50 anos atrás, porquê devemos correr atrás de algo que é obviamente moda? O ser saudável, não me parece justificar. A maioria de nós é perfeitamente saudável (mas do que as modelos magérrimas que as vezes parecem mais cabides do que qualquer outra coisa) e tem apenas algumas gordurinhas. Nada demais. Porquê devemos nos envergonhar do que somos e ignorar que a maioria de nós é assim?

Outra, a maioria das pessoas nem tem tempo de fazer exercicios. Claro, nada de ser sedentário. Podemos perfeitamente caminhar até o trabalho e coisas afim. Mas correr horas a fio na esteira está fora de cogitação pra mim.

E ai o que fazer? comer quase nada para parecer com a mulher fotoshopada na capa da revista?
Concluo que mulher de verdade é o que se via nos anos 60: Bela de corpo, culta, sabia dançar e lutava por seus direitos. Algumas coisas são mais importantes do que ser magra.

Um dia na história já se valorizou as coisas certas...